sábado, 11 de agosto de 2012

Goiaba

GOIABA NO PÉ:

Na árvore majestosa,
Entre suas roupas verdes frondosas,
cresceram letais, goiabas
tatuadas, nos braços.

O vento arpéja, com seu violino,
tocando levemente o corpo
da árvore que agradecida enverga.

Pra - lá e pra - cá...

O som das abelhas zumbem...

são artistas ,cantoras e bailarinas fazendo festas,
beijando as flores no jardim.
tudo traz um ar fresco na tarde suave pra mim!

no compasso do som,
sem dar um passo,
a árvore bailarina
na ponta do pé, dança, balança
parece nunca cansar.

Confesso: Fico no pé da árvore.
As goiabas agarradas nos braços da árvore.
me convida, me atiça, me atrai.

Aproximo-me, de mansinho,
Para disputar o fruto comigo,
está um passarinho.
Que catiça!
O passarinho belisca o fruto.
Bica o fruto e olha para todos os lados.
O passarinho; petisca, petisca..

De repente o sábia olha pra mim!
O sábia olha pra mim com desdém,
nem pisca, para ele o saboroso
fruto é o que no momento convém.

Quando alcanço o fruto,
O sábia foge...

Num vôo leve e pousa na outra árvore.

Deixando no fruto um oco, cor-de-rosa.
Enquanto o fruto me fascina
a passarada estão todos prosas.

No silêncio da tarde,
no silêncio exterior...
O suave fruto desce leve em minh’alma,
inunda , enverniza meu interior

O sábia senta no trono,
dos pardais,
nos sons bailados
das árvores.

sem nem um compromisso
O sábia assobia...

Sem saber que seu canto refresca
intensa saudade, que persiste
na angustia.
Com uma profunda viagem na saudade.

Sua sinfonia é serena como
fonte de fio d; água.
Que corre dentro de mim sem cessar.

Que saudade!
Quem sou eu?
para confrontar,
o príncipe dos pássaros!
Como é belo o carismático sabiá!

Poeta: Rosa Leme

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