sábado, 21 de maio de 2011

O PODER DA LINGUA:

A língua tem poder?

A morte e a vida estão no poder da língua e aqueles
Que a amem comerão do seu fruto.
A língua tem poder para dar vida
E poder para matar.
Da língua pode sair palavras que edificam
E palavras que danificam.
A língua pode levar uma pessoa a ter vida plena e abundante,
Ou a miséria, ruína e destruição.
A língua tem o poder de abençoar e amaldiçoar.
A língua tem o poder de ser fonte de água doce,
Ou uma fonte de águas salgadas, e amargas.
A língua tem o poder de semear, a paz, a cura, e alegria.
A língua tem o poder de levar as pessoas até a comunhão,
Dialogo paciência, prosperidade, fé, amor,
A língua tem o poder de semear confiança, temperança,
Amizade, e companheirismo.
A língua tem o poder, a força da tolerância.
A língua tem o poder de semear doenças, brigas,
Guerras, intrigas, fofocas e ódio.
A língua tem o poder de destruir a guerra e trazer a paz
Depende de quem usa, para o bem ou para o mal.
Um lembrete;
Você é cristão?
Você ama o seu próximo?

Então amigo (a).
Olhe para sua vida hoje,
O que você tem semeado?
Como a língua está? Doce ou amarga?
Você tem bênçãos ou maldições na língua? Vida ou morte?
Meu desejo é que sua língua seja doce.
Que tenhamos línguas ungidas pelo poder de Deus.
(Mateus 12:37)

Poeta: Rosa Leme

sexta-feira, 20 de maio de 2011

SOMBRA

SOMBRA

Quando a luz do dia desvanece
A sombra da noite aparece
Sem você novamente nos meus olhos as gotas
Transparece.

Quando a sombra da noite
Desce com seu véu negro
Cresce em mim a penumbra do medo

O que faço agora?
A garra do presságio empolga
Na lembrança, de nossos sonhos e segredos.
Tudo foi desfeito em apenas um segundo!

Quando me lembro do acidente, dentro de mim
A sombra da mágoa de te perder perante os amigos,
Empana discreta num sorriso o próprio sol ao resplandecer.

Há um vazio dentro do meu ser
Que só sua presença pode preencher,
Com seu sorriso sincero que faz meu coração bater

Mas quando a sombra da noite vem me visitar.
Sinto uma saudade!
Quero rodar pela cidade em alta velocidade...
E, novamente em seus braços encontrar a felicidade

Nesta noite negra preciso conversar.
Preciso de alguém para me abraçar.
Preciso fugir sair desse lugar.

Sei que pessoas estão lá fora,
Sei que a noite será longa,
Preciso ter coração e coragem para superar

Sei que tenho que agüentar
Está dor, sem você, pois a paixão
Dá-se entender que o amor é saudade,
Dor e sofrer.

Meu consolo é sentir sua presença
Aqui, em todos os lugares
Descobri você mora dentro de mim.
Nesta noite negra, só a sombra das mãos
De Deus onipotente podem me aliviar.
(Salmos 91)

Poeta: Rosa Leme

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Casinha de Taipa e de sapé!...

O QUADRO NA PAREDE

O quadro na parede
Lembra minha casa.
Ah! Se tivesse asas
Eu voaria pra lá!...

O quadro na parede
Retrata o passado, o tempo,
A criança que um dia fui...

O quadro traz-me a saudade do rio,
Da correnteza,
Que me trazia a certeza
De percorrer os campos
Sem medo de viver a liberdade.
Ali eu tinha confiança
Que todos falavam a verdade.

O quadro traz-me a saudade
De andar com os pés descalços
Pela estrada vermelha, empoeirada.
De sentir o cheiro do mato e da terra molhada
Só de lembrar traz-me
Felicidade.

O quadro traz-me a saudade
De ouvir o mugido do gado,
Dependurada na cerca.
Sentir o sol rubro
E descansar debaixo
Da árvore fresca.

Pulando amarelinha, percorrendo
O jardim encontrava abelhas
Fazendo zum, zum!

Eu brincava com as joaninhas,
Perseguia as borboletas
E colhia escondida da mamãe as violetas.

O céu nos dia de sol ouro era um brilho só.
O céu era um manto feito de anis com almofadas fofinhas
De algodão espalhadas na imensidão dos ares.
As tardes eram feitas com rendas de pratas na barragem do céu.

Rolando na relva eu dava cambalhotas
Era a criança mais feliz de toda a vizinhança
Sonhando cheia de sonhos e esperança.

Ali tudo virava fantasia
A mamãe ralhando, sua traquina,
Vem cá menina!

A vovó tricotando,
O papai na roça, com a foice roçando.
O galo cantando,
Có-có-ri-có...
O nenê chorando... Gugu, Gugu. Dádaá, pápá. mãmã...
A ave voando, fuuuuuu !
No galho da árvore.
O ninho de passarinho,
Com os filhotinhos.
O rio cheio onde livre
Nadavam os peixinhos;
As mulheres que batiam
As roupas na pedra no rio.

A dona Lazara, a dona Isaura, Ana, Joana, Cida e a Maria.
Tinha outras mulheres que agora não lembro os seus nomes.
As mulheres passavam o dia todas felizes!
Pareciam que lavavam suas almas naquelas águas cristalinas.
Cantando ave, ave, ave, ave...
Ave Mariaa...

Na época do natal era uma festa na casa do senhor Elias
E da dona Dita.

Eu cantava o hino de natal.
Noite de paz, noite de amor,
Hoje nos nasceu o Deus de amor.
Hoje a noite é bela vamos à capela,
Vamos juntos eu ela. Era Eu,minha irmã Lucia e minha amiga nadir

O povo todo reunido para celebrar o nascimento de Jesus.
Nas ceias natalinas todas as vizinhanças reunidas
Homens mulheres e crianças.
Todos rezavam, cantavam e histórias contavam.

Eu estava lá para brincar, tomar o ki suco e comer o pão.
Ai que saudade! O menino Jesus da dona Dita era belo!
O menino Jesus era tão belo, e cheio de graça!
Tudo era belo para mim e para todas as crianças.

No quintal na noite de natal no terreiro formava
Uma roda, um circulo enorme de crianças...
As crianças dançando e cantando ciranda,
Ciranda,cirandinha, vamos todos cirandar...

Os jovens aproveitavam a festa de natal para flertar,
Na época falavam, comentavam que estavam a paquerar.
Já os adultos riam, faziam duelo, tocavam viola e violão.
Faziam um repente e contavam casos.


Que saudade da lua no céu a rodar, das estrelas a cintilar.
O pomar onde eu colhia nas árvores as frutas no pé.
Ai que saudade da galinha, ganinzé!
Do bom-dia do seu José!

Na noite escura eu dormia com a claridade
Dos pirilampos que voavam perto das frestas da parede.
E com o som do sapo cururu,
E do grilo cri-cri.

Dá até vontade de chorar
Quando recordo o amanhecer.
Quando pia lá, naquele cafundó
O pio do inhambu chitão e do xororó.
Ai que saudade!
Da minha casinha de Taipa e de sapé!...

Poeta: Rosa Leme

quinta-feira, 5 de maio de 2011

SER MÃE:

SER MÃE:

É sentir o coração queimando como fogo.

É cuidar, zelar, se preocupar por outra vida.

É sentir a dor, a ferida que está no filho.

Ser mãe:

É contentar– se, estando triste.

É sorrir com dor.

“É também contentar se de contente.”

É sentir a dor, que fere sem doença, sem ferida.

Ser mãe:

É aceitar o desafio de dar a vida.

É andar só em meio à multidão, esperando

O retorno do filho, ou a vinda do filho querido.

Ser mãe:

É cuidar de outra vida e se descuidar,

É passar a noite em claro.

É ser sentinela, atalaia.

É deixar o amor se esparramar.

Ser mãe:

É presenciar o nascer do sol, o seu clarear.

É desfrutar da luz clareando o dia.

É ver o dia ir embora e ver a noite chegar.

É Deixar o amor como vertente transbordar.

Ser mãe:

É ver o véu da noite descer e saber

Que na madrugada o berço vai embalar.

É outro ser aconchegar,

E sentir frio no aconchego do lar.

Ser mãe:

É estar presa a um coração por toda sua existência.

É ganhar um presente, é dar e receber.

É aprender, ser persistente, ensinar e ter paciência.

É um elo, uma aliança que estará sempre na sua consciência.

Ser mãe:

É contentar se com o presente, emocionar.

É se alegrar, chorar, amar...

Sem explicar, ser mãe é ser feliz.

Ser mãe:

É ser abençoada, privilegiada, agradecida

Por ser agraciada, a escolhida.

Deus a escolheu para conceber, conceder a vida.

Poeta: Rosa Leme

SER MÃE:

SER MÃE:

É sentir o coração queimando como fogo.

É cuidar, zelar, se preocupar por outra vida.

É sentir a dor, a ferida que está no filho.

Ser mãe:

É contentar– se, estando triste.

É sorrir com dor.

“É também contentar se de contente.”

É sentir a dor, que fere sem doença, sem ferida.

Ser mãe:

É aceitar o desafio de dar a vida.

É andar só em meio à multidão, esperando

O retorno do filho, ou a vinda do filho querido.

Ser mãe:

É cuidar de outra vida e se descuidar,

É passar a noite em claro.

É ser sentinela, atalaia.

É deixar o amor se esparramar.

Ser mãe:

É presenciar o nascer do sol, o seu clarear.

É desfrutar da luz clareando o dia.

É ver o dia ir embora e ver a noite chegar.

É Deixar o amor como vertente transbordar.

Ser mãe:

É ver o véu da noite descer e saber

Que na madrugada o berço vai embalar.

É outro ser aconchegar,

E sentir frio no aconchego do lar.

Ser mãe:

É estar presa a um coração por toda sua existência.

É ganhar um presente, é dar e receber.

É aprender, ser persistente, ensinar e ter paciência.

É um elo, uma aliança que estará sempre na sua consciência.

Ser mãe:

É contentar se com o presente, emocionar.

É se alegrar, chorar, amar...

Sem explicar, ser mãe é ser feliz.

Ser mãe:

É ser abençoada, privilegiada, agradecida

Por ser agraciada, a escolhida.

Deus a escolheu para conceber, conceder a vida.

Poeta: Rosa Leme