terça-feira, 3 de julho de 2012

SOMBRA II


Sombra II

Quando o anjo da noite
Com seu tormento abrir as asas
E insistir em me visitar,
Deus não permitirá
Que ele venha me tocar.
Quando as densas trevas vierem
E as tormentas se declararem.
E a noite invadir a paz,
E persistir na tempestade.
A sombra das mãos
Do Deus onipotente, me cobrirá.
Quando o sol abrasador
Se declarar forte, demolidor,
Como um animal devorador,
E o fogo, o meu dia, azul castigar.
A sombra do Deus onipotente
Aliviar-me-á, me acalentará,
Nesta minha suplica
A presença de Deus é suprema.
Minhas palavras multiplicam-se
Na prece singela.
Na oração eu destruo o dilema
Deus vai dissipar as trevas.
O meu grito de glória á Deus
Rompe o meu eu. Ouvirei o meu eco.
Então quebrantada,
eu alcanço a paz suprema.
 (Salmo 91)
POETA ROSA LEME


Nenhum comentário: